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Barriga Mendinha

Barriga Mendinha

15.02.17

Afinal. o que foi o curso que eu andei a fazer? E o que raio é a Macrobiótica?

Barriga Mendinha

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Vamos lá então... vou explicar-vos, aos olhos da minha experiência, através do meu coração e da minha real versão o que é a Macrobiótica e o que raio tenho eu andado a fazer e a aprender estes últimos meses ( tirei dois módulos super intensos de um curso internacional de Macrobiótica no Instituto Macrobiótico de Portugal).

 

Digo-vos que vos explicarei "aos meus olhos", porque as explicações mais "académicas", essas, estão todas por aí em sites, bastando "gogglar" para as encontrar. Podia transcrever umas quantas, mas a verdade verdadinha, é que agora... depois de quase académicamente expert na coisa ( epá!! como dizer isso me deixa vaidosa ;)), com estas formações num ( senão o...) dos melhores institutos de Macrobiótica do mundo, mesmo assim... o que vos vou passar é a minha vivência e a minha descoberta desta "Grande- Vida", o significado mais literal desta filosofia e forma de estar na vida.

 

Diz o "meu" mestre Francisco Varatojo que "A Macrobiótica não é exclusivamente uma dieta, um regime, mas sim um estilo de vida que tem como objectivo último ajudar-nos a desenvolver o nosso potencial humano, ao seguirmos as leis da natureza dum ponto de vista biológico (através da alimentação), ecológico (fazendo escolhas diárias que contribuem para uma melhor qualidade de vida ambiental), social e espiritual (tratando os outros com amor e compaixão e assumindo a nossa responsabilidade como um pequeno elo numa vasta cadeia de seres e fenómenos)." 

 

E é isso mesmo. Quando digo às pessoas que estou a tirar Macrobiótica, só se reportam exclusivamente para a culinária, mas não é muito mais que isso. Claro que tive (e ainda me ando a aperceiçoar) aulas de culinária, até por ser essencial cozinhar de forma "gulosa" todos estes alimentos saudáveis, de forma a não achar que saudável é incompatível com saboroso. Mas... a par da culinaria ( e métodos de cozinha) estão os alimentos no centro, a sua energia e a forma como a mesma vai influênciar a nossa.

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 É aqui que a Macrobiótica é, por exemplo diferente do vegetarianismo ou veganismo. Costumamos dizer que os vegans, poreexemplo sabem "o que não comer", porque excluem tudo ou que é ou provém da proteína animal...mas que nós, os Macro, sabemos " o que comer", ou seja:  claro que a proteína animal quase não entra - o peixe e marisco são "pontualmente" usados, mas o essencial nesta, considerada arte, é saber conjugar alimentos ricos em energia, nutrientes, orgânicos, que se adquem às estações do ano e local onde habitamos e ainda e especialmente à condição de cada uma das pessoas.

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 A noção de bipolaridade, ou a teoria de “yin” e “yang” é uma parte essencial deste estilo de vida – a ideia de que todos os fenómenos, alimentos incluídos, têm qualidades energéticas, metafísicas e de que a harmonia relativa é conseguida quando “equilibramos” estes dois pólos, yin e yang, nas nossas vidas.

 

E é aqui que um "connaisseaur" ( ou pelo menos, alguém que se permite abrir  ter uma sensibilidade em que entenda que sob esta permissa vai "rolando" o mundo e tudo nele) vai trabalhar. Conjugar alimentos com diferentes energias e qualidades nutricionais de acordo com algumas doenças ( a ideia é que cada patologia pode ter uma dieta mais direcionada), ou mesmo sem doenças, de acordo com o que precisamos no momento: foco, calma, concentração, alegria, motivação etc...

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 E devido a toda esta estrutura, que vos confesso, não é nada fácil de aprender ( e daí também o desafio), é que esta formação é tão interessante e completa. Aprendi muita filosofia oriental ( mais japonesa, mas também chinesa), a "perceber" a energia dos meridianos ( correntes de energia que passam pelo corpo) e dos orgãos principais do organismo e como eles estão interligados ( na Macrobiótica acredita-se que os orgão "vivem aos pares", ou seja.. quando um orgão está doente em vez de o tratar logo diretamente tenta-se ir, primeiro à fonte do desiquilibrio).

 

Aprendi bases de anatomia e fisiologia, de shiatsu (uma terapia alternativa baseada na mesma tradição oriental que fez nascer a acupunctura mas onde o terapeuta, em vez de agulhas, usa a pressão com os dedos e estiramentos para estimular os meridianos e os pontos energéticos do corpo), tive aulas onde o ambientalismo, o desenvolvimento pessoal, os remédios tradicionais e caseiros, os tratamentos de emergência e externos, a sociologia ambiental fizeram parte do cardápio, pois só entendendo tudo isto de uma forma global, começa a fazer sentido este estilo de vida.

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 E agora vamos lá ao mais básico ( e por incrivel que possa parecer, o mais difícil de encaixar por parte da maioria das pessoas, que não desistem de detrminados comportamentos alimentares): A mudança na alimentação influecia o estado do nosso sangue. E o nosso sangue... não é senão nós mesmos, o nosso mais rico "elixir", que passa por todo o lado, que nos enriquece, fortalece.. que nos torna nós mesmos. Em 10 dias mudamos o plasma sanguínio, em 4 meses uma "limpeza total" ºe feita e o sangue é renovado. E é aí... " acontece o milagre". O sangue tem também o fantástico poder de mexer com o nosso sistema nervoso e por conseguinte... chegamos à conclusão que: ao mudar a alimentação ( os 3 nãos: Não à carne, não ao açucar e não ao produtos lácteos)... mudamos a nossa forma de pensar, de olhar o mundo e de atuar. Não é brutalmente fantástico?..

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Se eu o vou seguir à risca? Não (não que não queira, mas porque so realista, não sou perfeita e ainda não me consigo desligar totalmente de alguns "maus hábitos" assim num só clique). No entanto,  vou tentar enveredar pelo "bom caminho", agora "sei coisas", muitas coisas que me estão a mudar a vida. E acredito que, como muitas macro-fantásticas-pessoas que conheci, eu mesma, quanto melhor sentir o meu corpo, a minha mente e o meu espírito devido a estas alterações alimentares e comportamentais... menos vezes resvalarei e me habituarei a sabores e estilos de cozinhar novos.

 

Se gostava que as pessoas entendessem mais a Macrobiótica, sem ideias pré concebidas, preconceitos e desconhecimento? Claro que sim, até porque para mim esta descoberta tem sido surpreendente, mas para isto... também espero eu ir ajudando nessa tarefa, e contribuir junto dos que me rodeiam, dos me seguem, dos que me são próximos entrem nesta tão fantástica arte que é a de viver bem e com saúde física e espiritual.

 

 

 

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